Na semana anterior uma mamãe de primeira viagem escreveu aflita sobre o que fazer quando o bebê tem febre. Identificação imediata. A primeira vez que o Téo teve febre foi também bastante assustador. Mesmo sabendo que febre não é doença, é muito desconfortável ver seu pimpolho todo amuado...
Com o tempo se descobre que o melhor "remédio" para a febre é a paciência. Sim, minhas caras mamãezinhas, essa é a nossa eterna companheira em vários quesitos!
Na madrugada de segunda pra terça o Téo chamou e o Cris trouxe ele pra nossa cama, aí já notamos que ele tava meio febril. Primeira providência: sem cobertas. Quando acordei ele ainda tava meio "quentinho", mas nem usei o termômetro, ele acordou e conversou, mais preguiçoso que o normal, mas ainda sim vesti ele e fomos para a escola.
No caminho percebi que a temperatura tinha subido um pouco, mas ele ainda estava falante e caminhando normalmente. Segunda providência: passei no super e comprei água de coco. Porquê? Era questão de tempo pra ele ficar mais amuado e ficar sem vontade de comer e beber nada. Água de coco hidrata mais rápido que a água comum e o Téo adora. Uma pessoa com febre desidrata muito rápido, o que numa criança é bastante perigoso.
Deixei ele na escola sabendo que ia ter que dar o anti-térmico. Como assim "sabia"? Porque na escola (isso vale para qualquer escola) no momento da matrícula temos que deixar receita de anti-térmico. Em caso de febre, é a primeira providência possível num ambiente coletivo. Eu confesso que isso me angustia, e muito. No futuro vou organizar que o pediatra me dê atestado e se o Téo tiver febre fica em casa comigo.
Na escola além do anti-térmico o Téo ganhou um colinho, dormiu um soninho a mais e a febre cedeu. Mas logo voltou, e mais alta. Alerta. Ele precisava de um banho e chamego. Saí o mais cedo que pude do trabalho e fui pegá-lo.
Em casa iniciou o exercício de paciência: muita água, banho morno e colo. Essa foi a minha receita. Não é nada fácil. O Teodoro fica muito manhoso e dengoso quando tem febre, dar o remédio é de fato a solução mais rápida para ter o filhote serelepe de volta, mas não resolve.
Por que não resolve? Porque a febre é um sintoma de uma outra doença, ela não é uma doença em si. Ao insistirmos em "tratar" uma febre estamos muitas vezes mascarando um problema e impedindo a sua solução. Não sou médica e não vou aqui receitar nada, a intenção é forçar uma reflexão antes de aceitar entupir uma criança pequena com tylenol. Procure se acalmar e buscar as razões para a febre. Monitore o avanço da temperatura com banhos mornos (nada de banho frio! Risco eminente de convulsões!) e ligue para o seu médico de confiança. Resista ao "diagnóstico aproximal", ou seja, "da última vez que ele teve febre era bronquite, então vou dar o remédio que sobrou". Muitas doenças provocam a febre, ela é uma reação esperada e positiva do organismo, cada febre é uma febre.
E observe. Confie nos seus instintos e observe sua cria, você com certeza vai conseguir lembrar de mais uma ou duas coisas "anormais" dos últimos dias e poderá ajudar a descobrir o que ele tem.
No meu caso não cheguei a ligar para o Ruy, pediatra do Téo. No fim de semana anterior eu já tinha notado que o Téo tava com coriza e espirrando, e comecei a dar as gotinhas de própolis (uso uma tintura sem álcool diluída em água). Eu até já esperava que ele tivesse febre. Na última consulta que tive com o pediatra havíamos conversado também sobre febre, coriza e etc. Bastava que eu ficasse firme.
Como assim firme? Quem tem filhos sabe do que estou dizendo, para as futuras mamães que me leem agora aviso: ver o filhote doente, seja qual for o "mal", de arranhão no dedo a câncer, não é nada fácil. Sempre me lembro do meu pai segurando a minha mão enquanto um enfermeiro tirava uma bola de pus do meu pé: "Filha, se eu pudesse eu sentia a dor por ti". É isso mesmo, nosso primeiro desejo de mãe e pegar seja lá o que for que está incomodando nosso pitoco e sentir imediatamente no lugar dele. O segundo impulso é de resolver, já, agora, imediatamente.
Aí entra em cena, nossa já conhecida amiga, a paciência. Respire fundo, se acalme e pense. Busque informações que te deem segurança, leia, pergunte, ouça, veja. E só depois decida.
A febre do Téo só baixou no meio da madrugada seguinte, sem antitérmico. Não fiz nada em casa, dediquei a noite a dar colo, banho e água pra ele. Ofereci todas as delícias prediletas dele que eu tinha em casa, ele só beliscou uma banana. Aceitou suco e leite. E colo por tempo integral. Fiquei abraçada nele. O Cris chegou mais tarde e também trouxe a sua dose de chamego. E a febre foi cedendo.
Nessas horinhas que ficamos bem pertinho, notei que o hálito do Téo estava diferente, "cheiro de garganta", difícil de descrever. Numa das acordadas dele dei uma colherada de própolis e aproveite a colher pra espiar a goela do guri. Bingo! Toda vermelha e irritada, mas só de um lado. Liguei pra farmácia e pedi o Baryta Composta (aviso: mesmo que seja vendido sem receita, consulte seu médico!), a dose tive que seguir a da bula, porque quando falei com o Ruy sobre isso, basicamente comentamos a respeito... (erro anotado a ser corrigido na próxima consulta!!)
Pra deixar mais claro o meu ponto de vista, chegou a mim via lista também, um vídeo do Dr. Moisés Chencinski, pediatra homeopata, sobre a febre e outras dicas muito importantes sobre medicamentos e sintomas. Me identifiquei muito com as palavras dele, acho que vocês vão gostar também!
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