segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Dia dos pais 2011

E chegou o dia dos pais ;o). E passou o dia dos pais e eu, para variar, coloco post atrasado no blog do guri ;o( . A propósito, este foi meu terceiro dia dos pais, uma vez que o primeiro foi computado quando o Téo ainda estava na barriga da mamãe. E então, qual o balanço desses 2 anos de paternidade? Magnífico. Muito bom mesmo e hoje entendo o porque dizem que antes de morrer temos de escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho (só não entendi o raio do livro e da árvore ainda). Eu sei que não deveria, mas como andamos presenciando cada coisa ultimamente, quero deixar claro que a frase anterior entre parênteses foi irônica ;o)
Enfim, piadinhas sem graça a parte, o mês dos pais foi de episódios memoráveis, como o dia em que pegamos o Téo na escolina e de lá rumamos para a casa do dindo Du comemorar seu aniversário. Ao voltarmos para casa, ali pelas 00:30hs, abrimos a agenda da escolinha e lemos o bilhete dizendo "Favor mandar AMANHÃ a mão e o pé do papai pintados nessas folhas", acompanhado de uma tinta têmpera verde. Pois é, já estava chegando o mês dos pais e a escolinha estava preparando uma atividade para as  crianças e precisavam do pé a da mão do papai para poder realizá-la. Meu olhar de "MEL DELS, são 00:30hs e preciso levantar para trabalhar as 5:35hs, preciso mesmo pintar o pé agora??" foi rapidamente repelido pelo da mamãe que dizia algo como: "Pinta esse teu pé agora ou eu mesma vou arrancar ele de ti pra pintar". Enfim, eis minha expressão de satisfação:
Abaixo, um dos resultados, o pé 43 do papai:

Brincadeirinha! Maldades a parte, esse ano ganhei presente na escolinha também, um cobertor para o Téo e o papai se aquecerem enquanto estiverem no sofá; cobertor aliás, que foi sequestrado pela mamãe. Abaixo, a foto na escolinha, com as profes. (e com a girafinha Estefani, claro). Vamos combinar que pintar o pé a qualquer hora da madrugada vale o sorriso desse guri.

Falando um pouco agora sobre como tem sido a experiência de ser pai e entrando num papo mais filosófico, não sou uma pessoa que desenvolveu seu lado espiritual, sendo esse um dos milhares de itens a ser trabalhado na minha listinha de "Coisas que devo melhorar / aprimorar / desenvolver / perdoar / me desculpar, antes de fazer A passagem" ;o) Ainda assim, fico maravilhado com  o aprendizado de vida que o Téo tem me proporcionado, principalmente no que tange ao desenvolvimento das minhas habilidades como pai e principalmente como filho, que por alguma razão creio terem explicações divinas. Isso sem falar nas coincidências que mesmo a genética explicando, me deixam embasbacado, como o fato de fisicamente encher a ponta do nariz e o bigodinho com gotículas de suor, ou emocionais como ser carinhoso,  beijoqueiro e teimoso feito mula (características inconfundíveis do papai).

Essa proximidade que estou desenvolvendo com o Téo, me faz lembrar de coisas que gostaria de ter feito com meu pai e que infelizmente na época não foram possíveis e que hoje são inviáveis, como jogar bola, por exemplo. Ria a vontade, mas meu principal sonho na vida hoje é disputar uma partida de basquete de praça ao lado do meu filho. O que?? Simples assim? Pois é, simples assim. 

É claro que todo o pai quer o melhor para o seu filho (ou pelo menos, deveria querer), e não sou diferente. Mas não projeto o Téo como um astro da música, um jogador de futebol famoso, um astrofísico de sucesso ou o primeiro presidente negro do Brasil. Projeto o Téo como uma pessoa de caráter, saudável fisica e emocionalmente, que saiba amar, que tenha responsabilidades, que seja amigo e parceiro e que, uma vez que tenha desenvolvido essas virtudes, seja feliz da maneira que quiser. Vou me esforçar ao máximo para mantê-lo longe das drogas e para dar-lhe amor, estudo, educação, acesso a atividades culturais e esportivas. Qualquer coisa além disso serão decisões que ele mesmo deverá tomar e que definirão o rumo da sua vida. Só estarei lá para dar suporte ou ficar feliz por ele, e continuar me encantando com os mistérios da vida que se repetem por diversas gerações numa família. No final das contas, tirando os devaneios de pais que querem transformar os filhos em máquinas do sucesso, ver seu filho saudável e feliz é o que todo pai quer.

Ah e a propósito, talvez meu sonho não seja assim tão simples; talvez ele não goste de basquete mas de golfe, vai saber. O importante é que mesmo que meus sonhos e minhas humildes projeções para com ele não se realizem , se ele for capaz de encarar a vida com esse sorriso, vou estar sempre lá pra aplaudir.
Pai do Téo - Ano 2 ;o)

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