E eis que o dia tão temido chegou: Pai fresco sozinho com o filhote, por 3 dias e 4 noites. Não, antes que você pergunte, nunca tive medo de ficar sozinho com o Téo, só coloquei essa frase introdutória para criar um falso clima de suspense mesmo ;o)
É claro que fiquei apreensivo, isso não há como negar. Já havia ficado sozinho com o Téo por muitas vezes. Mesmo quando ele tinha poucos meses, já saíamos sozinhos, justamente para fortalecermos nosso vínculo (e dar uma "folga" na rotina da mamãe, permitindo-lhe algumas horas de sono). Também por muitas vezes ficamos sozinhos em casa, porém sempre sabendo que num determinado momento do dia, mamãe como um pássaro, como um avião, ou como a Mulher Maravilha, abriria a porta de casa para encher o coração do meu pitoco de alegria e dar mais segurança ao papai, mesmo que fossemos ambos pais frescos. Os banhos do Téo desde o nascimento e ainda hoje, são responsabilidade do papai, mas ficar absolutamente sozinho com ele, seria cruzar uma fronteira do aprendizado ;o)
Não sou do tipo que compara homens e mulheres. Somos diferentes e simplesmete aceito essas diferenças. Assim sendo, não teria condições de comparar pais e mães, pois eles são diferentes. Se analisarmos o conjunto da obra, eles desempenham os mesmos papéis mas de maneiras diferentes e cabe a cada um saber aceitar essas diferenças ou sofrer as consequencias (que geralmente serão refletidas nos pimpolhos). Isso tudo para dizer que a Sherol tem o triplo da minha paciência, e sabe lidar muito melhor com as situações conflitantes do que eu (pelo menos no que se refere ao Téo ;o)). E minha preocupação nunca foi a troca de fraldas, o dar de mamar, as responsabilidades envolvidas na rotina diária, mas sim o fato de não ter habilidade suficiente para acalmá-lo nas "crises" de choro, pois o Téo é de uma sensibilidade ímpar, e quando ele está a fim de chorar, sai de baixo, só o cheiro de mamãe para acalmá-lo.
A Sherol se ausentaria no domingo a noite e voltaria na quinta pela manhã. Antes da viagem, tanto eu, quanto a Sherol, explicamos para o Téo que mamãe se ausentaria por um tempo e acreditem quando digo para vocês que, a despeito da carinha de "O que vocês estão tentando me dizer?", ele entendeu tudo perfeitamente. E já na primeira noite a surpresa: Eu sempre achei o Téo uma criança doce, tranquila, cheia de alegria, mas ele é muito mais doce e muito mais tranquilo do que eu poderia imaginar. É costume dele, nas vezes que dorme na nossa cama, agarrar as orelhas da Sherol e colar o rosto no dela para dormir. Eventualmente ele faz um carinho na minha orelha também, mas rapidamente, como se dissesse: "Ok papai, fica com ciúmes não pois tem carinho para as orelhas suplentes também", e logo vira pra Sherol e dorme atracado nas orelhas dela. Naquela noite, ao ver que mamãe não estaria na cama, ele vira pra mim, agarra as minhas orelhas, repete umas 10 vezes "pa-pai", cola o rosto no meu e dorme (e eu achando que não tinha como ser mais feliz...).
No dia seguinte levantar cedo, vesti-lo e levá-lo para a escolinha sozinho. Problemas? Nenhum. Tirando o fato de ele virar de bruços quando lhe tirava a calça para a troca de fraldas e umas manhazinhas normais de quem está levantando as 6hs da matina, tudo certo. Bastavam uns beijinhos no nariz e a tranquilidade e o soninho voltavam a reinar. Ao fim do primeiro dia, depois de buscá-lo na escolinha, tomarmos banhinho, comermos o papá e ficarmos abraçados no sofá antes da mamadeira, decidi passar pelo teste de fogo: ligar para a mamãe!!! E adivinhem? Ao ouvir a voz da Sherol no telefone, ele abriu um sorrisão, chamou a mamãe, e após a explicação de que a mamãe não vinha, beijou o telefone virou pra mim e soltou: "Papaiii, mamá". Não é um amor esse guri?!
Enfim, foram dias muito tranquilos, onde essa rotina se repetiu por diversas vezes e só pude comprovar o que já desconfiava: meu filho é um queridão ;o) Mal posso esperar para repetir a dose. Abaixo, uma foto do como ele fica de manhã quando o estamos vestindo para ir à escolinha.
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