sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Eu e os remédios....

Nessa semana que se encerra pensei muito em remédios, e explico porquê: tô numa fase aguda de "compressão" de estômago. Basta eu comer qq coisinha que fico me sentindo enjoada e com náuseas, durmo mal, praticamente sentada.
Nessas horas uma das coisas que me vêm a cabeça é "bem que poderia tomar um remédinho..."
Ainda bem, que rapidamente, minha consciência me avisa que meu corpo é sábio, e que eu devo aprender a lidar com ele. Faço uma pequena pausa e me lembro que antes de me entupir de substâncias estranhas devo prestar atenção nos sinais que meu corpo está me enviando.
Nesse caso, algo bem simples: moderação. Se eu comer menores quantidades meu estômago vai dar conta, pois o que eu sinto é um alerta dele: "Hei guria, manéra aí que tô com pouco espaço pra trabalhar!"

Veio a calhar um texto que li num blog chamado "Mamíferas", com o título "Sociedade Anestesiada":

"Basta uma dor de cabeça, uma cólica menstrual, uma gripe que as pessoas sempre têm a mão um medicamento para silenciar a dor para que possam seguir a vida. Os anestésicos medicamentosos ou em forma de drogas lícitas e ilícitas parecem tirar a consciência do mundo presente e são sempre tomados sem consciência de suas conseqüências."

Quando minha cabeça dói a primeira coisa que penso é: "será que eu comi direito?", ou "tomei bastante água?", ou "acho que não dormi o suficiente." Tudo isso antes de pensar num remédio, preciso saber o que está acontecendo antes de me "anestesiar".

Tanto isso é fato que lá em casa não temos a famosa "farmacinha", não temos uma 'inocente" aspirina. Pois acho absurda a auto-medicação. Da mesma forma que eu não tenho competência técnica para projetar e construir um prédio não posso receitar um remédio. Para isso existem engenheiros e médicos. A naturalidade com que as pessoas encaram o "ir a farmácia e escolher algo para dor" me assusta enormemente.

Sei que isso soa meio paranóico, mas se pensarmos com mais frieza, não é. Acho louvável o avanço da ciência, afinal o que seria da humanidade sem a descoberta da penicilina??? O problema é a salada de medicamentos que algumas pessoas fazem (correndo o risco inclusive de um anular o efeito do outro) e a forma inconsequente com que lidam com seus próprios corpos.

E antes que alguém me pergunte digo: sim, já tomei antibióticos, já tomei remédios de diferentes tipos. Mas como "uso com moderação" sempre que preciso uma pequena dose já surte o efeito desejado. A diferença é que não encaro a medicação como primeira opção e sempre consulto um médico antes de entrar numa farmácia. E o meu corpo agradece, resistindo bravamente há vários invernos sem gripe, por exemplo.

A indicação é: moderação. Respeite o que você tem de mais sagrado, seu corpo.

Sigo com meu enjôos, aprendendo a comer menos mais vezes ao dia e escolhendo melhor o que comer. Assim faço as pazes com meu estômago e me preservo mais um pouco ;)

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